O Grupo Soma possui atualmente 221 lojas de produtos dedicados para públicos das classes A e B.

O grupo de moda brasileiro Soma IPO espera precificar sua oferta pública inicial de até 2 bilhões de reais (US$ 374,5 milhões) até 31 de julho, de acordo com documentos arquivados na sexta-feira junto à CVM.

A oferta inicial de 136,6 milhões de ações pode ter um preço entre 8,80 e 11 reais cada, e aumentando por 35% dependendo da demanda. A proporção das novas ações e as que serão vendidas para os acionistas não é clara.

Dessa maneira, à depender da precificação do ativo e do volume de ações, a oferta poderia chegar perto de R$ 2 bilhões.

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Os recursos da oferta primária irão para o caixa da companhia. O documento, entretanto, não cita o montante de ações na tranche secundária, composta de ativos dos atuais sócios do Grupo Soma. À época da suspensão devido ao agravamento da crise, a empresa informou que a oferta secundária teria quase 40 vendedores.

A companhia é dona de marcas como Animale, Cris Barros e A.Brand, voltadas para o público feminino; Fábula, para crianças; e Foxton, para homens. O Grupo Soma pediu o registro para IPO no final de fevereiro, porém suspendeu os planos em razão da pandemia.

As unidades de banco de investimento do Itaú Unibanco Holding SA, JP Morgan Chase & Co, Bank of America e XP Investimentos gerenciarão a oferta.

As ações começarão a ser negociadas na bolsa de valores de São Paulo em 31 de julho sob o código GSOM3.SA.

Grupo Soma IPO cresce apoiado em ciclo de aquisições

A varejista foi fundada em 1991 e cresceu apoiada em um ciclo de aquisições. O Grupo comunicou, no prospecto preliminar da oferta, que pretende utilizar os recursos captados com o oferta primária para abrir novas lojas e comprar mais marcas, bem como pagar dividendos e dívidas.

A companhia registrou uma receita líquida de R$ 1,3 bilhão em 2019, uma alta de 20,5% ante o ano anterior. O lucro líquido do negócio, por sua vez, subiu 48% para R$ 127 milhões.

O Grupo Soma possui atualmente 221 lojas de produtos dedicados para públicos das classes A e B, as quais se concentram em sua maioria em shopping centers.