TIM, Telefônica Brasil e Claro elevam oferta por ativos da Oi para R$16,5 bi

Empresas acrescentaram que sua proposta também considera “a possibilidade de assinar com o Grupo Oi contratos de longo prazo para uso de infraestrutura”.

A TIM Participações, a Telefônica Brasil e a Claro, da América Móvil, elevaram para 16,5 bilhões de reais sua oferta conjunta para comprar ativos móveis da Oi, que está em recuperação judicial.

A nova oferta, anunciada na noite de segunda-feira, surgiu após a Oi anunciar que iniciou negociações exclusivas com outro comprador em potencial, a Highline do Brasil, empresa de soluções de infraestrutura para a indústria de telecomunicações, da gestora de private equity norte-americana Digital Colony.

A Oi não divulgou o valor da oferta da Highline, mas afirmou que estava acima de 15 bilhões de reais.

A TIM, a Telefônica Brasil, que opera sob a marca Vivo, e a Claro têm uma grande presença no Brasil. As empresas acrescentaram que sua proposta também considera “a possibilidade de assinar com o Grupo Oi contratos de longo prazo para uso de infraestrutura”.

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As empresas ofertantes não divulgaram a participação de cada uma no consórcio. Segundo a proposta apresentada, caso a operação seja concluída, cada uma (Oi, Vivo e TIM) receberá uma parcela do negócio. Essa divisão tampouco foi informada.

Disputa

Para escolher o vencedor, a Oi não levará em conta apenas o valor da proposta, mas também qual grupo pode garantir aprovação dos órgãos reguladores para o negócio mais rapidamente. A Oi está em recuperação judicial desde 2016.

A Oi estabeleceu um preço mínimo de R$ 15 bilhões pelos seus ativos móveis. A empresa quer usar os rendimentos da venda para financiar o crescimento da sua banda larga de fibra ótica e pagar dívidas, para sair da recuperação judicial.

A Tim Brasil e a Telefônica Brasil disseram, em maio, que planejavam uma proposta conjunta pelos negócios da Oi móvel, sem mencionar a Claro – e apesar da pandemia da Covid-19. A maior portadora de linha fixa do Brasil tinha aproximadamente R$ 65 bilhões em dívidas quando pediu proteção contra falência.