Aquisições aumentam lucro da Taesa em 42% no 2° trimestre
A transmissora de energia Taesa divulgou lucro líquido de 4378, milhões de reais no mesmo trimestre de 2019, alta de 424%, na comparação anual, em conclusão ajudado por aquisições anteriores e também de novos ativos em ação, o que demonstra a resiliência de negócios em meio a pandemia do coronavírus.
A empresa, que tem como principais acionários a estatal mineira Cemig e a colombiana Isa, teve faturamento antes de juros, contribuições, depreciação e amortização (Ebitda) de 316,8 milhões de reais, com alta de 2,4% ano a ano.
Os valores líquidos atingiram 755,7 milhões de reais, com alta de 76,8% na comparação com o mesmo período do ano anterior.
A Taesa disse que o resultado foi alavancado pelos maiores investimentos em projetos em construção, que tiveram efeitos benéficos sobre os valores de implementação (133,8 milhões de reais) e equivalência de patrimônio (43 milhões de reais).
A empresa registrou ainda uma contribuição de 25 milhões de reais para a receita líquido decorrente de aquisições recentes de ativos de transmissão da Eletrobras e pelo início das ações dos negócios Miracema e Mariana.
As reservas da companhia ficaram em 2,2 bilhões de reais, alta de 32% frente ao primeiro trimestre. Esses valores são após uma captação de 900 milhões de reais em abril, com a companhia buscando reforçar o caixa durante a crise do coronavírus.
A dívida da Taesa encerrou o trimestre em 4,43 bilhões de reais, com aumento de 77,7% na comparação anual. A alavancagem medida pela relação entre a dívida e a geração de caixa (Ebitda) ficou em 3,3 vezes, ante 1,8 vez em 2019.
A Taesa divulgou aplicações de 695,3 milhões de reais nos primeiros seis meses de 2020, contra 197,9 milhões no mesmo período de 2019, com maiores investimentos em praticamente todos os seus projetos.
A diretoria da companhia deu sinal verde para a distribuição de 279,3 milhões de reais em dividendos intercalares e juros sobre o capital próprio, com pagamento em 26 de agosto.
Enquanto distribuidoras de energia têm penado com os grandes impactos da pandemia, que reduziu o consumo e aumentou a inadimplência, empresas de transmissão tem contratos de longo prazo não associados à demanda.
Problemas para as transmissoras aconteceriam em caso de inadimplência de outras empresas do setor com seus contratos, porém esse cenário foi descartado após um empréstimo bilionário intermediado pelo governo junto a bancos privados e públicos para apoiar as reservas de capital das distribuidoras de energia.
“É importante ressaltar também que os níveis de inadimplência continuaram normais mesmo neste cenário econômico adverso e que continuaremos monitorando de perto os possíveis impactos da crise nos nossos negócios”, disse a Taesa no balanço.