Oi altera plano de reestruturação visando maiores ofertas

A empresa brasileira de telecomunicações Oi SA propôs emendas ao seu plano de reestruturação na sexta-feira, instando os credores a concederem novos empréstimos e licitações mais altas para os ativos colocados no bloco.

Os credores votarão as mudanças propostas em 8 de setembro, já que a Oi planeja sair da proteção contra falências até maio de 2022, cerca de seis anos após o início do processo.

A Oi definiu o piso das licitações para sua unidade de fibra em 20 bilhões de reais (US$ 3,7 bilhões) em valor empresarial. Ela está vendendo 51% do controle da unidade de fibra, conhecida como InfraCo, e planeja leiloá-la no primeiro trimestre e concluir a venda até setembro de 2021.

Para os ativos móveis, a Oi decidiu incluir contratos de longo prazo – de 3, 5 ou 10 anos – com sua unidade de fibra no preço total oferecido pelas licitantes. Abreu disse que esses contratos tendem a aumentar o valor da InfraCo.

A Oi está em negociações exclusivas com a TIM Participações SA, Telefonica Brasil e Claro, da América Móvil, que entregaram uma oferta conjunta de 16,5 bilhões de reais pelos ativos móveis. Se chegarem a um acordo, as operadoras de telecomunicações terão o direito de igualar qualquer outra oferta mais alta para as operações de celular da Oi que outras partes possam fazer posteriormente.

A Oi também decidiu vender sua operação de TV por 20 milhões de reais, em um tentativa para eliminar custos de satélite mais expressivos. Ainda assim, a adquirente dividirá parte das receitas com a Oi, na medida em que continuará oferecendo serviços de TV a seus clientes.

A Oi também está oferecendo aos credores que pagarão mais suas dívidas atuais se estes concederem novos empréstimos ou cartas de fiança à empresa. O corte proposto pode cair de 60% para até 40% se os credores fornecerem dinheiro novo à Oi, por exemplo.

US$ 1 = 5,40 reais