Ações de hoteleiros Accor e IHG sobem após relatório de interesse na fusão

As ações da Accor da França (ACCP.PA) subiram depois que o jornal Le Figaro informou que havia examinado uma possível fusão com o rival britânico InterContinental Hotels (IHG) (IHG.L) que criaria o maior grupo hoteleiro do mundo.

O setor de hospitalidade foi duramente atingido pela crise do coronavírus, à medida que as viagens diminuiram, forçando muitos proprietários de hotéis a suspender temporariamente as reservas e reforçar suas finanças.

Le Figaro disse que nenhuma abordagem formal foi feita pela Accor, que está por trás de marcas como Ibis e Movenpick, com a IHG, dona do Holiday Inn e Crowne Plaza. Com base nos preços atuais, uma empresa combinada poderia ter um valor de mercado de cerca de US$ 17 bilhões.

Sem citar fontes, acrescentou que o conselho de administração da Accor é a favor de um acordo, mas o presidente e CEO da Accor, Sebastien Bazin, que criou uma força-tarefa interna sobre o assunto, foi mais cauteloso em seguir em frente.

Uma porta-voz da Accor disse que a empresa não comentou os rumores do mercado. O IHG não quis comentar.

As ações da Accor subiram 1,9%. A empresa, que enfrenta pagamentos de juros mais altos depois que foi rebaixada para o status de lixo pela agência de classificação S&P Global no início desta semana, foi punida pelos investidores este ano, com suas ações caindo mais de 43% até agora.

As ações da IHG, com queda de cerca de 23% este ano, subiram 0,35% às 8h25 GMT, após subir até 3,1% no início do pregão, superando o índice FTSE-100 em queda.

Um casamento entre as duas empresas as colocaria bem à frente da rival americana Marriott em número de quartos de hotel, com mais de 1,6 milhão entre as duas.

Também poderia fazer sentido geográfico, com a Accor e suas marcas mais voltadas para a Europa, enquanto o IHG tem operações maiores nos Estados Unidos e também está crescendo rapidamente na Grande China.

Ambas as empresas anunciaram cortes de empregos e planos de redução de custos nas últimas semanas, enquanto tentam lidar com as consequências da pandemia.