Queda no mercado de viagens, devido ao coronavírus, ameaça mercado de bens de luxo na Europa

Sempre foi rotina a aglomeração dos turistas chineses em lojas de luxo por toda Paris, como Hermès ou Christian Dior.

Mas com o surto global de coronavírus, essa realidade mudou bruscamente, ameaçando atingir as vendas dos principais varejistas de luxo na Europa e em shoppings da China.

Os clientes chineses se tornaram importantes para as grandes marcas, como Louis Vuitton, Chanel e Prada. O grupo de pesquisa Bain & Co estima que eles correspondiam a mais de um terço das vendas.

“Não podemos saber neste estágio qual será o resultado ou a duração da epidemia”, disse o CEO da LVMH, Bernard Arnault. 

“O impacto nos negócios não será tão ruim se durar dois meses, mas se durar dois anos, isso seria outra história.”

Companhias aéreas europeias como British Airways, Air France e Alitalia suspenderam temporariamente os voos entre a China continental e seus hubs europeus. 

Isso resultou muitos turistas chineses, que cancelaram suas viagens, levando muitas lojas a verem uma  drástica queda no turismo de compras.

“Se você for à Rinascente em Milão – a melhor loja de departamentos da Itália, 60 por cento dos compradores são chineses. Isso terá um impacto imediato a curto prazo”, disse Godfrey Deeny, editor-chefe global da Fashion Network.