Nossa rotina de trabalho consistia em basicamente: Aparecemos no local de trabalho, fazer nossas tarefas e voltar para casa. Era, por muitas vezes, o local onde envolvíamos na maior parte de nossa interação social diária: onde discutíamos projetos com colegas, participavamos de reuniões, além de compartilhamentos de refeitório e conversas à toa ao redor do bebedouro. 

Mais de 40 milhões de pessoas perderam seus empregos desde que o COVID-19 atingiu. O resto de nós foi forçado a ficar em casa e conversar com nossas telas. Uma pesquisa da Society for Human Resource Management (SHRM) estima que cerca de dois terços dos americanos estão trabalhando remotamente devido ao COVID-19 . 

De remoto por escolha para remoto por obrigação

É verdade que, mesmo antes de a pandemia atingir, o trabalho remoto estava em ascensão. Nos últimos cinco anos, houve um crescimento de 44% no número de pessoas que trabalham em qualquer lugar, da mesa da cozinha aos cafés à beira-mar em Bali. Mas aqui está a diferença: costumava ser uma escolha. 

Para muitos, o estilo de vida nômade digital é o caminho a seguir. Christian e Rasmus Mikkelsen (os gêmeos Mikkelsen) lançaram recentemente a PublishingLife , uma empresa de educação totalmente remota que ajuda outros empreendedores a construir seus próprios negócios online .

Embora inicialmente tenham considerado a criação de um escritório corporativo, eles perceberam que os benefícios de permanecer remotos superavam em muito o fato de trazer sua equipe para um local. Eles agora estão determinados a permanecer 100% remotos à medida que seus negócios crescem, de acordo com a tendência geral. 

Eles acreditam firmemente que, apesar do enorme impacto que o coronavírus teve no mundo dos negócios, o trabalho remoto pode ser um modelo poderoso para a nova era.  

Claro, o trabalho remoto traz inúmeros benefícios e muitas empresas conseguiram resistir à crise econômica simplesmente mandando seus trabalhadores para casa. O Google Inc. anunciou recentemente que a maioria de seus 200.000 funcionários continuará trabalhando em casa até julho de 2021. 

Mas, nove meses depois de iniciada essa confusão, a novidade começou a passar. E está prejudicando nossa saúde mental . 

O impacto mental do trabalho remoto

Na ausência de preparação e treinamento diário, mesmo os mais competentes podem ter dificuldades para desempenhar e se envolver tão bem quanto antes. Aqueles que são novos no trabalho de casa relataram que se sentem isolados, desconectados e ansiosos. 

Trabalhar remotamente significa que você não pode simplesmente bater na porta do chefe quando tiver uma dúvida. A falta de supervisão face a face e a incapacidade de ‘estender a mão’ podem significar que o trabalho não é feito. A redução da motivação pode rapidamente levar à falta de produtividade, o que apenas reforça o desespero e a preocupação.

Também estamos perdendo um componente vital da interação humana padrão: a linguagem corporal física. Um e-mail apressado ou particularmente contundente de um chefe ou colega pode ser rapidamente interpretado como um sinal de que o remetente está com raiva. Ao trabalhar no mesmo ambiente, podemos saber que eles estão apenas tendo um dia ruim. Ler o tom de voz no texto é um trabalho em si. 

Acima de tudo, está uma nova e penetrante sensação de solidão . Aqueles que vivem sozinhos ou não têm oportunidades de se conectar com outras pessoas em seu ambiente de trabalho remoto podem ser particularmente vulneráveis ​​ao estresse e à depressão.

Enquanto isso, aqueles com outros compromissos em suas vidas pessoais agora estão lutando com múltiplas distrações – crianças inquietas, animais de estimação, parceiros, tarefas domésticas – tudo o que contribui para um ambiente de trabalho abaixo do ideal.