A LVMH pode estar perto de um acordo para reavivar sua oferta pela Tiffany & Co.

LVMH está se aproximando de um acordo para reviver sua compra descarrilada da Tiffany & Co., com o conglomerado de luxo francês prestes a economizar cerca de US$ 425 milhões do preço original.

A empresa francesa propôs um preço de cerca de US$ 131,50 por ação, abaixo dos US$ 135 originais e o conselho da Tiffany se reunirá na quarta-feira para discutir os novos termos. O custo total do acordo original foi de cerca de US$ 16 bilhões.

Os dois lados ainda estão finalizando os detalhes de um acordo e o preço pode mudar, ou até mesmo ocasionar em um fracasso das negociações. 

A Bloomberg  informou na  terça-feira que a Tiffany está buscando cerca de US$ 132 por ação como um preço de compromisso, citando pessoas familiarizadas com o assunto. O joalheiro provavelmente também quer uma garantia de que a LVMH não desistirá de qualquer negócio revisado, depois que o proprietário da Louis Vuitton disse em setembro que não poderia concluir a aquisição por causa de um pedido do governo francês.

As ações da Tiffany apagaram as perdas na quarta-feira, subindo 0,7%, para US$ 129,83 às 12h51 em Nova York. 

Um acordo encerraria uma saga de um ano envolvendo uma amarga guerra de palavras, intervenção do governo francês e ações judiciais nos Estados Unidos. Ao fechar um novo acordo, as empresas poderiam evitar uma batalha judicial marcada para janeiro em Delaware.

A data de fechamento do negócio original, 24 de novembro, não seria cumprida, no entanto, de acordo com uma pessoa familiarizada com o assunto.

Adicionar a Tiffany daria ao presidente da LVMH, Bernard Arnault, um grande impulso no mercado global de joias, deixando o bilionário desafiar o proprietário da Cartier, Richemont, pela supremacia conforme a indústria de luxo começa a se recuperar de uma turbulenta 2020. Na LVMH, a Tiffany se juntaria a um portfólio de produtos sofisticados marcas que incluem Dior, Givenchy e Bulgari.

A relação entre Tiffany e LVMH começou afável no ano passado após um curto namoro, com o joalheiro hospedando Arnault e seus chefes em sua loja principal de Nova York. O homem mais rico da França falou de Tiffany como um ícone americano e expressou seu “intenso respeito e admiração” pelo negócio.

Os sorrisos desapareceram logo depois que a pandemia de coronavírus gerou turbulência econômica mundial e agitou o mercado de luxo global. A LVMH teve a ajuda do governo francês quando seu ministro das Relações Exteriores enviou uma carta pedindo à empresa que adiasse o negócio em meio a uma disputa comercial com os EUA

Isso gerou uma ação judicial da Tiffany, seguida por uma contra-ação da LVMH, na qual acusava os executivos da joalheria de administrar mal os negócios durante a pandemia.

Tiffany persuadiu um juiz a acelerar seu processo e os dois lados reabriram as negociações quando a data original de encerramento se aproximava.