Muitos de nós já estamos sobrecarregados com o grande volume de decisões difíceis, mudanças e novas responsabilidades que temos que conciliar, mas – para fazer o que é melhor para nossos negócios – é fundamental dar uma olhada em como as coisas costumavam ser, o que mudou desde então e, o mais importante, como devemos responder a essas mudanças. 

Fim do horário comercial tradicional, bem-vindo horário ativo!

Para muitos setores, a introdução do trabalho remoto criou uma grande sacudida para a qual, se formos honestos, nem todos estavam completamente preparados. No entanto, como trabalhar em casa continua a mudar a forma como fazemos negócios , é importante para nós, empregadores, perceber que não podemos mudar todo o formato de trabalho e aplicar as mesmas regras. “É assim que sempre fizemos” é irrelevante. As circunstâncias mudaram e é hora de os proprietários de negócios se adaptarem. 

A programação tradicional de segunda a sexta, das 9h às 17h, está oficialmente encerrada e é hora de os empresários darem o salto. Em vez de manter um formato desatualizado que, vamos ser honestos, nunca foi ótimo para a produtividade , não tenha medo de repensar as coisas. 

Substitua suas horas de trabalho tradicionais por “horas ativas” predefinidas que funcionam para você, seus funcionários e sua empresa. Isso pode ser das 14h às 17h todos os dias (ou algum outro período que faça sentido) e incentive seus funcionários a estarem disponíveis e / ou de plantão durante esse horário. 

Não se esqueça de pedir a opinião de seus funcionários sobre o que funciona melhor para eles – e não precisa necessariamente ser o mesmo horário ativo para cada funcionário todos os dias da semana. Quer estejam trabalhando das 5h às 7h, das 13h às 15h ou das 20h às 23h, quando estão trabalhando importa muito menos do que se o trabalho está sendo feito ou não.

Semana de trabalho padrão de 40 horas? Conheça o agendamento flexível

A jornada de trabalho de oito horas tem mais de 200 anos. Robert Owens, um ativista dos direitos trabalhistas galês, é responsável por cunhar a frase “Oito horas de trabalho, oito horas de recreação, oito horas de descanso” em 1817, e é um conceito que rapidamente fez seu caminho para a América. 

Obviamente, muitas coisas mudaram nos últimos duzentos anos – então, por que ainda nos agarramos a um conceito que tem literalmente séculos de idade? A pesquisa prova que dias de trabalho mais curtos (e semanas de trabalho mais curtas) são maneiras fantásticas de melhorar a qualidade de vida e a qualidade do trabalho de seus funcionários. Sabemos que os funcionários que são mais felizes (e mais produtivos) ajudam a melhorar os resultados financeiros, então por que não estamos fazendo a mudança? 

Como proprietário de uma empresa, você precisa examinar criticamente se a jornada de trabalho de oito horas realmente funciona para sua empresa. Resista ao impulso de tomar decisões com base naquilo com que você se sente confortável. Você pode adorar o dia de trabalho de oito horas porque torna mais fácil manter o controle sobre seus funcionários – mas isso não significa necessariamente que seja o melhor para o seu negócio. Em vez disso, talvez você precise se concentrar na contratação de funcionários de sua confiança, para não precisar ficar de olho neles todos os dias.

Estudos mostram que os funcionários trabalham melhor em períodos concentrados – e quando eles estão no controle de suas próprias agendas – e aumentar o bem-estar de seus funcionários compensa. As empresas que introduzem mais flexibilidade em sua semana de trabalho podem ver aumentos na produtividade, saúde e bem-estar dos funcionários e lucratividade. O apego a um cronograma de trabalho rígido pode prejudicar seus resultados financeiros mais do que ajudar a sua paz de espírito. 

Regra antiga: supervisão excessiva (ou insuficiente); Nova regra: responsabilidade

Uma das razões pelas quais muitos proprietários de empresas resistem em introduzir horários flexíveis ou opções de trabalho em casa é porque eles temem que será difícil supervisionar os funcionários se eles não estiverem no escritório ou conectados ao mesmo tempo. 

Embora essas novas formas de trabalhar possam exigir uma boa dose de confiança de seus funcionários para realmente fazer as coisas em vez de assistir à Netflix com o dinheiro da empresa, o que importa é criar uma estrutura onde você obtém o que precisa e, ao mesmo tempo, permite que seus funcionários prosperem. A responsabilidade é crítica e permite que seus funcionários tenham uma compreensão clara das responsabilidades e expectativas, dando-lhes a liberdade de florescer em um ambiente de trabalho não tradicional, enquanto criam estrutura suficiente para você garantir que o trabalho está sendo realizado. 

Infelizmente, se você não sabe o que seus funcionários estão fazendo diariamente, isso nem sempre é um problema “deles”. Se seus funcionários não têm expectativas claras sobre o que deveriam estar fazendo (e como deveriam fazer), é mais difícil para eles lhe dar a garantia de que você precisa de que as coisas estão sendo feitas. 

Em vez de se desconectar de sua equipe – ou, do outro lado, se tornar um temido microgerenciador – tente ser um ponto de contato, não um gargalo. Quer manter sua equipe no caminho certo? Estabeleça algumas métricas-chave e, em seguida, introduza check-ins semanais onde os funcionários podem dizer os três principais itens em que estão trabalhando naquela semana. Você pode fazer um check-in rápido durante a semana via Slack ou e-mail, mas, na maioria das vezes, trata-se de aprender a confiar nas pessoas que você contratou para fazer um ótimo trabalho.

Não seja um bom gerente, seja um bom líder!

Quando se trata de ser proprietário de uma empresa, uma das coisas mais importantes que você pode aprender é a diferença entre um gerente e um líder. Qualquer um pode gerenciar uma equipe (com vários graus de sucesso), mas envolve muito tempo, energia e esforço que você provavelmente não tem à sua disposição agora. 

Em vez de ver sua função como se estivesse gerenciando uma equipe de funcionários, concentre-se em aprender como ser um líder fantástico também. Seja criativo e flexível. Em vez de apontar o dedo para seus funcionários (ou para a pandemia), aprenda a ser proativo em vez de reativo. O que você pode fazer melhor como líder? Onde sua equipe pode melhorar? Aprenda como capacitar sua equipe para funcionar de forma autônoma e de alto nível. 

Lembre-se de que não se trata apenas de fazer o que é melhor ou mais confortável para você. É preciso prática, mas eventualmente você encontrará a solução que é melhor para seus clientes, seus funcionários  e seus resultados financeiros.