Enquanto a maioria dos investidores está amplamente focada em índices maiores (o Dow, o Nasdaq, o S&P 500), o índice Russell 2000 está silenciosamente estabelecendo recordes. De acordo com Ryan Detrick da LPL, é um aumento de 18,4% no mês, seu melhor desempenho de todos os tempos.

Detrick escreveu em uma nota ontem que, em geral, as condições pós-eleitorais parecem um tanto “espumosas” durante a ampla recuperação do mercado. “A participação não se limitou simplesmente a ações de grande capitalização. Depois de ficar atrás do S&P 500 em mais de 16% no primeiro trimestre de 2020, na semana passada o índice Russell 2000 de pequena capitalização fez seu primeiro recorde em mais de dois anos e agora está superando o S&P 500 em 11% até agora no quarto trimestre”, escreveu Detrick.

Mas a alta de Russell pode dizer mais sobre a saúde da economia subjacente do que muitos investidores imaginam. Embora o Russell 2000 não seja tão amplamente assistido como muitos outros indicadores, tendências econômicas mais amplas – tanto na queda quanto na alta, estão por vir. 

Ao procurar por pistas sobre para onde os mercados estão indo, um grupo de analistas, consultores e investidores apontam para o Russell 2000, que compreende empresas de pequena e média capitalização, como algo importante para rastrear. 

Existem algumas razões para isso. Em primeiro lugar, as pequenas capitalizações têm foco doméstico, com 80% da receita do índice vindo dos EUA, contra cerca de 40% do S&P 500. Isso torna o Russell muito mais exposto ao crescimento do PIB dos EUA do que outros índices.

Quando os problemas se aproximam, as empresas de pequeno porte tendem a ter menos acesso a recursos financeiros para enfrentar tempos difíceis e um ciclo de negócios mais curto. 

Como resultado, quando a economia está se transformando em uma recessão, observaremos sinais negativos de ações pequenas primeiro, como queda de receita e lucro, demissões e até falências.

Certamente, os movimentos do Russell nesta semana – e a mudança geral no sentimento – são uma visão bem-vinda para os investidores que, há cerca de seis meses, esperavam uma recessão prolongada ou mesmo uma depressão .