Os consumidores norte-americanos estão inundados de opções bancárias com a popularidade crescente de marcas que priorizam o digital, como Chime, Revolut e Marcus do Goldman Sachs. Enquanto isso, empresas de fintech como SoFi e Venmo estão oferecendo cartões de débito, mesmo com bancos tradicionais como Chase e Citi permanecendo onipresentes. Os consumidores precisam de outra opção?

Os fundadores da OnJuno acreditam que sim. A nova chegada oferece aos consumidores mais uma opção de banco digital, que balança a promessa de “juros altos”. Atualmente, “juros altos” é um conceito relativo, mas a taxa de 2,15% da OnJuno é bastante atraente, especialmente em comparação com o retorno insignificante de 0,5% que Marcus – que também se autodenomina um banco de alto rendimento – está oferecendo. (Por motivos regulatórios, OnJuno prefere descrever o valor que paga como um “bônus de poupança” em vez de juros.)

OnJuno tem duas opções de conta: uma básica que limita a taxa de juros de 2,15% para saldos de até US$ 5.000, e uma “metal” premium que oferece a taxa de até US US$ 30.000. A conta de metal vem com uma taxa mensal de US$ 10 que a OnJuno está dispensando nos primeiros seis meses. Ambas as versões oferecem recompensas em dinheiro de volta e acesso gratuito a caixas eletrônicos – serviços que estão se tornando uma aposta para a maioria dos bancos desafiadores.

Os fundadores do banco acreditam que há um nicho para a OnJuno entre os ásio-americanos. Já que os membros desta comunidade da diáspora (incluindo asiáticos do sul e asiáticos do leste) somam cerca de 20 milhões, e que diferem do consumidor americano típico em vários aspectos. 

Em primeiro lugar, sua renda média é consideravelmente mais alta, em torno de US$ 50.000 por ano. Deshpande acrescenta que os ásio-americanos também costumam ser mais avessos ao risco e ao crédito – o que significa que provavelmente manterão mais dinheiro disponível – e mostraram disposição para adotar a tecnologia.

De acordo com especialistas, o mercado está saturado e alguns bancos dificilmente sobreviverão, mas aqueles como o Greenlight, cujo nicho são os cartões de débito infantis, ainda têm chance de florescer.

OnJuno espera gastar cerca de US$ 200 a US$ 300 para adquirir cada novo cliente e está contando com estratégias de marketing pouco ortodoxas – incluindo o pagamento de jogadores de xadrez famosos como influenciadores – para espalhar a palavra. A startup arrecadou US$ 3 milhões até agora, incluindo o Surge Fund da Sequoia e a Polychain Capital.