Para os fans das corridas, a McLaren é uma das marcas de automóveis mais icônicas do mundo. A empresa é mais conhecida pelas muitas vitórias de sua equipe de Fórmula 1.

Bruce McLaren: a vida e a morte de uma lenda da Fórmula 1

Bruce McLaren, nascido em 30 de agosto de 1937 na Nova Zelândia, era membro da equipe britânica de Fórmula 1 Cooper, onde ganhou três Grandes Prêmios e ficou em segundo lugar no Campeonato Mundial de 1960. Em 1963, Bruce decidiu assumir um novo desafio participando da Australasia Tasman Series. Infelizmente, o proprietário da Team Cooper, chamado Charles, recusou-se a permitir que seu funcionário usasse um motor de 2,5 litros e insistiu que ele ficasse com um motor de Fórmula 1 de 1,5 litro.

Foi então que Bruce McLaren decidiu fundar sua própria equipe, Bruce McLaren Motor Racing, junto com seu companheiro de equipe Timmy Mayer, usando veículos Cooper customizados. Bruce consegue realizar seu sonho e venceu o Campeonato Australiano de 1964. Infelizmente, seu companheiro de equipe Mayer foi morto na corrida final do Circuito de Longford, na Tasmânia. Seu irmão e empresário, Teddy Mayer, assumiu as rédeas do time. Bruce continuou a competir no Grande Prêmio pelo Team Cooper até 1966, depois do qual decidiu dirigir seus próprios veículos.

Foi em 1968 que a equipe conquistou seu primeiro Grande Prêmio, na Bélgica. De 1967 a 1971, a McLaren também dominou o Can-Am, e o Indianapolis 500 de 1972 foi vencido por Mark Donohue em 1972 e Johnny Rutherford em 1974 e 1976 em veículos McLaren. Bruce McLaren morreu em 1970 em um acidente durante um teste de veículo. Sua vida será tema de um documentário a ser lançado em agosto de 2017.

McLaren: Dos circuitos da F1 à indústria de luxo

Após sua morte, Teddy Mayer assumiu as rédeas da equipe e a levou à vitória no campeonato de construtores de Fórmula 1 em 1974. Emerson Fittipaldi e James Hunt venceram campeonatos em 1974 e 1976.

Em 1981, a McLaren se fundiu com o Project Four Racing de Ron Dennis, que se tornou o principal acionista da equipe. Graças aos motores Porsche e Honda, Niki LAuda, Alain Prost, Ayrton Senna conquistou sete campeonatos de pilotos e a McLaren conquistou seis campeonatos de fabricantes. Infelizmente, a rivalidade com Senna levou Prost a deixar a equipe em 1988 para ingressar na Ferrari.

Em meados da década de 1990, após a saída de Senna da Williams, o time ficou três temporadas sem vencer. De 1998 e até o final dos anos 2000, a McLaren voltou ao centro das atenções graças aos motores Mercedes-Benz. Ron Dennis deixou o cargo de gerente de equipe em 2009 e foi substituído por Martin Whitmarsh. Este último foi demitido em 2013 após uma temporada completamente fracassada. A equipe então decidiu abandonar os motores Mercedes-Benz e voltar aos motores Honda. A equipe competiu novamente como McLaren-Honda no Grande Prêmio da Austrália de 2015 pela primeira vez desde 1992.

A McLaren Racing Limited, mais conhecida como McLaren Honda, é hoje uma das equipes de maior sucesso na história da Fórmula 1, com mais de 182 corridas vencidas, 12 campeonatos vencidos e 8 campeonatos de construtores. Eles também são a segunda equipe mais velha de Fórmula 1, atrás da Ferrari. A equipe agora faz parte do Grupo de Tecnologia McLaren, fundado por Ron Dennis logo após adquirir a equipe em 1981, e com sede em Woking, Surrey, no Reino Unido. É o terceiro conglomerado mais lucrativo do Reino Unido. A McLaren Cars foi fundada por Ron Dennis em 1985 e substituída pela McLaren Automotive em 2010. Hoje, a marca tem obtido sucesso crescente com os mais ricos entusiastas de carros.