Na última terça, a empresa Salesforce concordou em comprar a Slack por US$ 27,7 bilhões, combinando duas potências de software empresarial.

O negócio é a maior aquisição já feita pela Salesforce, cujo produto principal ajuda as equipes de vendas a gerenciarem seus clientes. A empresa tem se expandido continuamente para novas áreas, incluindo serviços de marketing e análise de dados.

Na indústria de software, a aquisição do Slack pela Salesforce é superada apenas pela mega-compra da IBM do zelador da nuvem Red Hat por US$ 34 bilhões em 2018. O segundo lugar seria a aquisição do LinkedIn pela Microsoft por mais de US$ 26 bilhões em 2016.

O plano das empresas é combinar o Slack com o produto Customer 360 da Salesforce, um hub central para os serviços de software da Salesforce, que vão desde vendas até marketing, disse ele.

As ferramentas de colaboração que envolvem chat e vídeo são o próximo grande momento para nossa indústria, em comparação ao desenvolvimento de interfaces gráficas de usuário, ou telas de computador repletas de ícones, em uma era de computação anterior.

Apesar da pandemia de coronavírus impulsionar o trabalho remoto, o Slack lutou contra a concorrência da Microsoft, que agrupa seu software Teams semelhante com seu bando de ofertas do Office 365. Slack entrou com uma ação antitruste contra o rival de Redmond, Washington, com a Comissão Europeia no início deste ano.

Slack também ficou atrás de Zoom, a estrela da tecnologia da pandemia. A própria ferramenta de colaboração de vídeo do Slack se mostrou muito menos popular.

O preço das ações da Slack despencou desde sua estreia no mercado público em junho de 2019, caindo 30% desde então, antes dos rumores de interesse da Salesforce na semana passada fazerem o preço de suas ações disparar.

Para a Salesforce, a aquisição encerrou uma série de fusões e aquisições de anos. Antes da Slack, a maior aquisição da Salesforce foi a Tableau, uma empresa de análise de dados que comprou no ano passado por mais de US$ 15 bilhões. Em 2018, comprou a Mulesoft, outra empresa de dados, por US$ 6,5 bilhões.

Os analistas esperam que a mudança da Salesforce estimule os concorrentes – da Microsoft e Google à Oracle e SAP – a fazer grandes movimentos por conta própria na chamada indústria de colaboração em nuvem. No início deste mês, a Adobe comprou a empresa de gerenciamento de trabalho Workfront por US$ 1,5 bilhão.

Existem muitos outros alvos de aquisição em potencial. Alguns incluem Asana, Box e Dropbox.

Aaron Levie, CEO da Box, comparou a aposta ousada da Salesforce com a aquisição presciente do Instagram pelo Facebook por cerca de US$ 1 bilhão em 2012 em termos de sua importância para a indústria. 

O negócio deve ser fechado na metade do próximo ano, dependendo da aprovação regulatória, disse a Salesforce.