A HP rejeita a oferta hostil de aquisição da Xerox
A HP Inc. rejeitou uma oferta de aquisição não solicitada da Xerox Holdings Corp. e solicitou aos acionistas que não ofereçam suas ações.
A oferta “subestima significativamente a HP e beneficia desproporcionalmente os acionistas da Xerox”, disse a empresa com sede em Palo Alto, na Califórnia, em um comunicado na quinta-feira. A “urgência” da Xerox em lançar a oferta mostra seu “desespero para adquirir a HP para lidar com o declínio contínuo dos negócios”.
A Xerox na segunda-feira apresentou aos investidores da HP uma oferta em dinheiro e ações avaliada em cerca de US$ 24 por ação na época. Para cada ação da HP, um titular receberia US$ 18,40 em dinheiro e 0,149 ações da Xerox. A oferta expira em 21 de abril, em um comunicado da Xerox, com sede em Norwalk, Connecticut. A oferta avaliou a HP em aproximadamente US$ 34 bilhões na quarta-feira.
A Xerox, que é muito menor que a HP com um valor de mercado de cerca de US$ 7 bilhões, já havia aumentado sua oferta a partir de uma oferta em dinheiro e ações de cerca de US$ 22 por ação em novembro. O negócio é alimentado com financiamento do Citigroup Inc., Mizuho Financial Group Inc., Bank of America Corp., Mitsubishi UFJ Financial Group Inc., PNC Bank, Credit Agricole, Truist Financial Corp. e SunTrust Robinson Humphrey Inc. para parte do dinheiro.
A HP, que tem um grande negócio de impressão, disse no passado que tem muitos caminhos para criar valor que não dependem de uma fusão com a Xerox. O CEO Enrique Lores ainda é novo em sua posição na HP e buscou deixar sua marca em uma empresa na qual trabalhou por mais de três décadas.
Lores quer tornar os serviços de impressão, impressão 3-D e computadores de última geração uma parte maior dos negócios da HP, e supervisionaria uma redução de até 16% na força de trabalho da empresa em uma tentativa de cortar custos. A empresa tem sido econômica desde que se separou da fabricante de servidores Hewlett Packard Enterprise Co. em 2015, evitando grandes fusões e aquisições e devolvendo capital aos acionistas.
O CEO da Xerox, John Visentin, criticou este plano como uma abordagem fragmentada que não será tão benéfica para a HP como uma fusão.
A Xerox já havia iniciado uma disputa por procuração, nomeando 11 candidatos para o conselho da HP para ajudar a fechar o negócio. Os dois gigantes do hardware definharam em um mundo cada vez mais movido por software, com menos demanda por documentos impressos. A Xerox argumentou que a união reavivaria as duas empresas e desbloquearia cerca de US$ 2 bilhões em sinergias.