O governo alemão rejeitou uma oferta da Vital Materials Co da China para comprar PPM Pure Metals no mês passado devido a preocupações sobre as vendas da empresa-alvo para os militares alemães, disseram duas fontes com conhecimento do assunto.

A PPM, que fazia parte da Recylex SA, listada em Paris e fabricava metais menores de alta pureza, como o antimônio, usado em semicondutores e o germânio usado em detectores infravermelhos, interrompeu a produção no final de julho por causa de problemas financeiros.

A Vital Materials, maior produtora de metais menores do mundo, fez uma oferta para salvar a empresa, mas o ministério da defesa alemão não queria que ela fosse adquirida por uma empresa chinesa porque a PPM vendia alguns produtos para as forças armadas, disse uma das fontes.

Em abril, a Alemanha concordou em enrijecer as regras para proteger as empresas nacionais de aquisições indesejadas por empresas de países não pertencentes à União Europeia.

Berlim bloqueou um punhado de negócios chineses na Alemanha, incluindo uma proposta de aquisição do fabricante de ferramentas alemão Leifeld por Yantai Taihai, uma oferta da State Grid da China por uma participação na operadora de rede elétrica 50Hertz em 2018.

Um porta-voz da Vital Materials confirmou que a empresa fez uma oferta pela PPM, mas disse que não houve acordo. Ele se recusou a dar mais detalhes.

A Recylex e o Ministério Federal da Defesa da Alemanha não responderam aos pedidos de comentários. O Ministério Federal de Economia e Energia não quis comentar.

O fechamento da PPM significou a perda de cerca de 85 empregos na empresa com sede na cidade de Langelsheim, na região da Baixa Saxônia, na Alemanha.

A PPM estava aberta à aquisição pela Vital Materials de Guangzhou antes que o governo alemão rejeitasse a medida, disse a segunda fonte, também solicitando anonimato.

A PPM tem apresentado prejuízo desde 2012, com exceção de um pequeno lucro em 2018, como demonstram seus registros de câmbio.

A Vital Materials foi a grande vencedora de uma série de leilões online em 2019 e no início deste ano, venderam estoques menores de metal anteriormente mantidos pela Fanya Metal Exchange da China, incluindo índio e germânio.